Sexo: sagrado ou pecado?
A sexualidade humana é pecaminosa ou sagrada? Não há nada de certo ou errado sobre o sexo, diz Sadhguru, já que ele é uma parte essencial da existência física, porém, com um papel limitado. Ele explica que é importante reconhecer o impulso sexual, mas também conduzi-lo com responsabilidade.
O maior problema é que as religiões e os professores de moral nos disseram que nossa natureza biológica é um pecado. Isso criou culpa e sofrimento incalculáveis ao longo dos tempos. Quanto mais você nega algo, isso assume uma importância desproporcional na mente. Esse modo de supressão causou estragos incalculáveis na psique humana.
Ao mesmo tempo, será que somos apenas marionetes da nossa química? Certamente que não. O papel do sexo na vida humana é bom, mas é essencialmente limitado. Aqueles que se concentram mais na mente descobrem que o impulso é menos insistente. Uma vez que você encontra prazeres mais profundos do que a mente, a sexualidade perde importância.
Permitir que a sexualidade encontre o seu lugar
Ao reagir contra o tradicional horror religioso ao sexo, o Ocidente tem se voltado, nos últimos tempos, para uma identificação excessiva com o corpo. Seria lamentável replicar isso. A nossa natureza biológica básica não deve ser descartada, mas também não precisa ser glorificada. Se você observar o seu desenvolvimento desde a infância até a adolescência, isso deveria intrigá-lo, não dominá-lo. Uma inteligência natural nos torna cientes de que somos mais do que o jogo dos nossos hormônios. Ao contrário dos animais, os seres humanos não estão à mercê de sua química. A necessidade humana de companheirismo emocional e intelectual é muito mais forte do que a necessidade física.
Infelizmente, aquele que permite o processo hormonal dominar a sua inteligência perde o equilíbrio interior. É uma pena que tantos jovens subjuguem sua inteligência ao que leem e encontram online ou no cinema. O resultado é uma resposta padronizada à sexualidade em vez de baseada na consciência e no equilíbrio interior. As pessoas continuarão a falar a favor e contra a sexualidade. Nenhum dos dois é necessário. Tudo o que precisamos cultivar é uma certa equanimidade interior no corpo e na mente, para que a sexualidade encontre naturalmente o seu lugar. É importante reconhecer o impulso sexual, mas também conduzi-lo com responsabilidade.
Um pouco de yoga simples pode ser extremamente benéfico, se a pessoa começar a praticar jovem, porque harmoniza o corpo e a mente de forma mais eficaz do que qualquer ensinamento.